18 de outubro de 2005

GRAVACAO - entrevista com traficante


Traficantes querem proibição do comércio de armas

para baixar a 'entrevista' faça o download aqui (2,29 Mb).


Daniel Pereira Campos, mais conhecido como "Xaxim", líder do tráfico de drogas do Morro do Dendê, na Ilha do Governador, organizou um comitê paralelo para fazer campanha no referendo sobre o desarmamento que ocorrerá no dia 23 de outubro próximo.

Surpreendentemente, o movimento não está defendendo o "Não", que na prática rejeita a lei que proibiria a venda de armas de fogo e munição no Brasil. Eles estão fazendo campanha intensiva pelo "Sim". Os traficantes desejam que a venda de armas seja proibida.

Por intermédio de líderes comunitários, a mensagem que os "donos do poder no morro" passam para os moradores é clara: todos devem votar "Sim" ao desarmamento, para garantir a sua própria segurança.

Bancada pelos traficantes, a associação dos moradores confeccionou mais de 3 mil camisetas e 10 mil adesivos, tudo distribuído no morro. Segundo um dos moradores, que não quis se identificar, quem tem o adesivo colado na porta de sua casa aumenta o conceito com os "patrões". Qualquer material promocional ou discurso a favor do "Não" está proibido nas suas áreas de influência. "Quem fizer campanha contra o desarmamento aqui, vai levar chumbo", advertem os traficantes.

Até mesmo os comerciantes com estabelecimentos próximos a favela, que já pagam uma "taxa de segurança" para os traficantes, foram convidados a se engajar pelo "Sim" na campanha do desarmamento.

Marcelo Coelho, analista de marketing político e coordenador de um grupo que é contra a venda de armas e também faz campanha pelo "Sim", não aprecia nem um pouco o "reforço" dos traficantes lutando pela sua causa: "É o tipo de coisa que não precisamos e não faz o menor sentido. Como seria possível eles serem a favor do desarmamento? Desconfio que eles estejam fazendo essa campanha para criar uma rejeição ao "Sim" na população em geral, que, ao saber que esta é a suposta causa dos bandidos, ficaria confusa e votaria no "Não". E, na verdade, vão beneficiar a indústria da violência sem saber".

Para saber se tal influência está ocorrendo em outras comunidades dominadas pelo tráfico, foi realizada uma pesquisa informal, entrevistando cerca de 530 moradores em diversas favelas: 2 por cento disse que votaria "Não", 12 por cento "Sim" e o restante, 86 por cento, não soube ou não quis opinar, provavelmente respeitando a "lei do silêncio" que impera nestes locais.

...isso tudo é uma divertida e inteligente sátira,
que o pessoal do Cocadaboa postou dias atrás.

Deu uma polêmica e tanto:
2 importantes colunistas do O Globo ficaram indignados com o besteirol
e deram mico pro macaco!!

Mas, hilário mesmo é a entrevista do "XAXIM".

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