8 de fevereiro de 2006

Flor da Pele


Meu Pontinho
Nessas férias não podia faltar uma voltinha pelo centrinho de Capão. Vi que muita coisa melhorou. A arquitetura de Capão continua sendo de vanguarda. Muita novidade e muita gente diferente... mas, paradoxalmente, para mim, nada mudou. Parece que mudaram as caras, brinquedos infantis e as maquiagens das patricinhas. Mudaram as pessoas apenas. Mas as pessoas não mudaram. Aliás, as pessoas SE mudaram, mas aquela piazada que sempre orbitou as ruas do centrinho continuam por lá.

Os interesses mudaram, mas as vontades parece que ainda são as mesmas. "Bem no fundo todo mundo quer zoar." E, por incrível que pareça, as opções de diversão ainda são as mesmas da década de 70: sorvete, lojinhas na calçada, camelódromo e barzinho.

Realmente, em Capão, o comércio apenas mudou de mãos. E meus amigos casaram. O resto tá igual.

Nessas férias, o Matuza (ou Matusa?) ainda era a melhor opção, como ele mesmo sempre diz: "todos os dias, no bar Meu Pontinho, sempre mais ou menos depois da meia-noite." Não podia faltar um Zeca Baleiro em homenagem ao casal de Recife...

Tudo igual. Curtimos umas noites assim, vendo os adolescentes exibindo seus novos acessórios e as antigas crianças bem crescidas... com carrinhos de verdade.


Flor da Pele
(trechos) - Zeca Baleiro

Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar flor na janela me faz morrer,

Um barco sem porto,
Sem rumo,
Sem vela,
Cavalo sem sela,
Um bicho solto,
Um cão sem dono,
Um menino,
Um bandido,
Às vezes me preservo noutras suicido.

... Eu não preciso de muito dinheiro graças a deus
... Mas vou tomar aquele velho navio,
Aquele velho navio.

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