15 de julho de 2006

Bicicletas, só para não pensar em mais nada!

A respeito das ondas de violência provocadas pelo PCC, Lula ficou "surpreso" quando soube das críticas de Lembo, que o chamou de "desequilibrado" e "demagogo". Lula só não reagiu porque é mesmo uma raposa em pele de Lula -- desculpem-me as raposas. O Presidente sabe que já está sendo alcançado nas pesquisas, que mostram um franco crescimento de Geraldo Alckmin. O presidente interpretou que a declaração de Lembo se constituía, antes de mais nada, numa pressão por repasse de recursos.

Mas, essa ironia chega doer
Hoje, Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acertaram detalhes de uma medida provisória liberando recursos para São Paulo. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou o repasse de R$ 100 milhões para o Estado e outros R$ 100 milhões para presídios em outros estados.

Nossa Pátria (ainda de chuteiras -- e arrumando as meias!)
Enquanto os paulistanos sofriam às reiteradas investidas das facções criminosas, o resto do Brasil sofria com pouco mais de 20 milionários que não perderam nada mais do que meros recordes pessoais nesta Copa. Só isso.

Não fosse a fatídica Copa do Mundo, em que todos esquecem tudo sempre (eu vinha avisando antes mesmo da Copa!), lembraríamos de que, em maio, na primeira onda de violência no ano promovida ainda supostamente pelo PCC, Lula orientou os assessores a deixar claro à opinião pública que o Exército e a Força Nacional de Segurança estavam prontos para agir e só não ocupavam as ruas de São Paulo por que faltava Lembo aceitar. Integrantes da cúpula do PFL negaram que tenham conseguido enquadrar o governador e feito apelos para reagir às "ofertas" de Lula.

Memoril
Incrível como a imprensa voltou a falar de repente nas sanguessugas, em Suzane e nos Cravinhos e nos incêndios aos ônibus paulistas como se isso fosse notícia de hoje de manhã, que sai do forno juntamente com o pãozinho francês que compro na padaria em frente à minha casa.

Falar em padaria... hummm

Nesta semana, durante a realização de um curso de Qualidade voltada à Navegação Aérea, o palestrante nos perguntou o que tínhamos feito de um dia para o outro que poderíamos citar como algo bom e relevante. Algo edificante. Um colega nosso interveio de forma brilhante. Contou que no fim da tarde do dia anterior comprara pãezinhos novinhos, recém-saídos do forno. Que água na boca! Mas, ele narrou de forma tão simples que foi algo genial. Motivador.

Como a vida pode ser fascinante! Como algo simples como lascar pedacinhos de pães e mordiscá-los pelo caminho pode ser uma terapia tão profunda quanto uma sessão de análise.

Lembrei da estréia das bicicletas. Valorizei ainda mais este nosso pequeno investimento. Verinha e eu estreamos ontem nossas bikes novas. Saimos sem rumo hoje de novo, descobrindo ruas, casas, terrenos, e paramos na foz do rio, junto a um pier. O pôr-do-sol dourando o rio, o tráfego das embarcações chegando ao porto... cena que a gente sempre inveja nos filmes. E nós, bem ali, em frente a tudo, assistindo de camarote sobre nossas bicicletas. Passamos na padaria e compramos aqueles tão recomendados pãezinhos.

Aqui em Navegantes, não tem como pensar no Lula ou lembrar da derrota do Brasil na Copa. É tanta beleza. Tanta natureza. Tanta tranqüilidade...

Num lugar desses, não existe Suzane, Cravinhos, sanguessugas, esquemas de venda de ambulâncias, e é preciso muito esforço prá imaginar a existência do tal PCC.

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