26 de setembro de 2006

Chegou a hora do espanto


O que há de mais deprimente neste caso do dossiê que o PT tentou comprar para chantagear Serra e Alckmin nem é a promíscua proximidade dos principais mandantes com Lula, mas as torpes posições do ministro da Justiça, o advogado criminalista de Lula, Márcio Thomaz Bastos. Lula não tem uma biografia exemplar a defender, ao contrário do ministro Thomaz Bastos.

Ouvi-lo, como ouvi-o ontem ao meio dia na Globo, justificando a razão pela qual não mostrou as cédulas dos R$ 1,7 milhão que iam ser passados aos chefes da máfia dos sanguessugas, é alguma coisa de revoltar o estômago.

Chegou a hora do espanto. O sr. Bastos não usou argumentos parecidos quando permitiu foto e filmagem do bispo da Universal e suas malas cheias de dinheiro e nem quando permitiu que a equipe da Globo acompanhasse a própria Polícia Federal no episódio da prisão do filho de Maluf, Flávio Maluf. São dois exemplos. O mesmo ministro da Justiça permite a exposição das fotos apreendidas e que expõem o ex-ministro José Serra, embora elas façam parte de um dossiê falso e criminoso, justamente abortado pela sua Polícia Federal.

O que teme o ministro da Justiça, que tomou a defesa do PT e não do governo que deveria representar os brasileiros ? Ele teme a exposição da foto e dos filmes da dinheirama suja, porque ela tornaria insuportável a posição do PT e de Lula.

O surgimento de novos personagens (Oswaldo Bargas, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do pograma de governo de Lula) e a nota da revista Época, levam a crise política para dentro do PT (Berzoini foi denunciado por Bargas como mandante do crime) e apertam o cerco sobre Lula. A crise política não tem mais como ser contida.

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