3 de setembro de 2006

Sobre arte, honestidade e sacrifício.


"(...) é burrice pensar que esses caras é que são os donos da biografia."
Ivo Meirelles e Marcelo Yuka - versão
Hey Joe, de Bill Roberts.

- "Hei, Joe! Onde é que você vai com essa arma aí na mão? Hei, Joe! Esse não é o atalho pra sair dessa condição!"

Dorme com tiro, acorda ligado. Tiro que tiro, trik-trak, boom pra todo o lado. - "Meu irmão, só desse jeito consegui impor minha moral. Eu sei que sou caçado e visto sempre como um animal". - sirene ligada, os homi chegando, trik-trak, boom, boom - "mas eu vou me mandando".

- "Hei, Joe! Assim você não curte o brilho intenso da manhã. Hei, Joe! O que o teu filho vai pensar quando a fumaça baixar"?

- "Fumaça de fumo. Fogo de revólver e é assim que eu faço, eu faço, eu faço, eu faço a minha história. Meu irmão, aqui estou por causa dele e vou te dizer. Talvez eu não tenha vida mas é assim que vai ser: armamento pesado, corpo fechado"!

Menos de 5% dos caras do local são dedicados a alguma atividade marginal, e impressionam quando aparecem nos jornais tapando a cara com trapos, com uma uzi na mão parecendo árabes do caos.

Sinto muito cumpadi, mas é burrice pensar que esses caras é que são os donos da biografia, já que a grande maioria daria um livro por dia sobre arte, honestidade e sacrifício.

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