1 de outubro de 2006

GOL 1907


Desde o primeiro momento q vi o flash na TV na sexta à noite eu fui dormir (perplexo) pensando no que poderia ter acontecido...  Ora, se para um leigo já é difícil admitir a hipótese de duas aeronaves se chocarem em vôo, imagina para um especialista em navegação aérea e segurança de vôo. Muitas coisas (impossíveis de se cogitar) passavam ao mesmo tempo pelo meu pensamento.

E foi assim que tentei dormir. Acordei na madrugada e fiquei por alguns minutos querendo me convencer que era apenas um terrível pesadelo este desastre sem precedentes. Como um jato novo em folha como o Embraer Legacy não acusou a rota de colisão com o Boeing 373-800? Raciocínio inverso, como o TCAS do 37 não acusou a presença do Legacy? Seguindo as regras de tráfego aéreo, como as duas aeronaves trafegavam pelo mesmo nível de vôo (altitude em pés) ao mesmo tempo? Partindo do pressuposto de que os pilotos comerciais (GOL) sempre obedecem á risca seus planos de vôo, será que o piloto do Legacy mudou de nível sem autorização do Centro? Se isso aconteceu, mesmo assim o transponder (eqp de bordo) acusaria a mudança e o Centro alertaria os pilotos sobre a rota de colisão. Então, por que o Centro não evitou esse acidente? Será que o piloto do Legacy foi louco o suficiente pera assumir o risco de desligar o transponder para mudar de nível sem que o Centro o detectasse? Isso é bastante possível, e creio que seja a causa mais provável do acidente, pois depois de 2 horas de vôo, com menos combustível, e, talvez, frente a condições meteorológicas adversas, teria desviado de alguma turbulência?

Acho todas estas causas improváveis, pois as duas aeronáveis esram dotadas de equipamentos de bordo moderníssimos, principalmente o Boeing, que o piloto automático faria SOZINHO o procedimento de evasão, indiferente de transponder ligado no Legacy, pois o Boeing interroga o "alvo" (Legacy) e não o transponder.

Tem muito jornalista passando informação que chega irritar quando a gente ouve. Por isso, não quero especular a respeito. Lamento apenas o acontecido, e desejo que todas as falhas (mecânicas ou humanas) sejam descobertas, apuradas aprimoradas e as responsabilidades sejam atribuídas.

Sobretudo, sei que a Navegação Aérea vai mudar muito a partir deste setembro. Como sempre, o Serviço de Proteção ao Vôo e os órgãos de Controle do Espaço Aéreo aprendem com os erros próprios ou alheios.

Estes mortos serão lembrados para sempre.

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