Shrek o Terceiro: Gigante rabugento verde que não quer ser rei

Pelo que eu sei, pode ter um estoque infinito de seqüências de “Shrek” a caminho. Afinal, a pele daquele ogro da Dreamworks é da cor do dinheiro. Mas há um sentimento de final em “Shrek o Terceiro”, um sentimento que o conto atingiu um estado de finalização.

No primeiro filme, Shrek conheceu e cortejou sua amada Fiona; no segundo ele conheceu os sogros. Nessa continuação, ele se depara com a paternidade e algo parecido com uma crise profissional. A não ser que o time Shrek queira seguir seu herói nos pântanos perigosos da meia-idade, ele pode deixá-lo na condição de mais ou menos feliz para sempre. O que se pode dizer de “Shrek o Terceiro”, dirigido por Chris Miller e Raman Hui, já se parece menos com um filme para crianças do que seus anteriores.

Nesse filme, você ouve alguns discursos sobre como é importante não se importar com o que as pessoas pensam de você, e para ser você mesmo acima de tudo. Sim, tudo bem. Isso não me atinge como necessariamente um bom conselho, e de qualquer maneira, as crianças de hoje não precisam de lições de vida de um ogro. Mas mais uma vez, as crianças não são aquelas que se identificam com Shrek enquanto ele faz barulhos nervosos no ciclo da vida. Talvez seja por isso que eu gostei desse mais do que os outros. Mas de qualquer jeito, meus sobrinhos também.

Shrek irá assumir os negócios de seu sogro ou permanecerá fiel à sua vocação de gritar e esmagar coisas?