19 de setembro de 2007

Os Farrapos ganharam !!!


Os Farrapos ganharam!!!

Explico: lendo alguns textos sobre Economia, descobri o livro Centralização Política e Concentração da Riqueza: as finanças do Império Brasileiro no período de 1830 a 1889, do Historiador e  Economista dalton Franciozo Diniz. No livro há dados sobre o quanto o Império arrecadou e quanto gastou em cada Província. Olhando os dados vi que na maior parte dos anos antes Guerra dos Farrapos o valor as receitas enviadas pelo RS para o Império eram menores do que as despesas que este fez na Província. Em 1834, por exemplo, o Império gastou na Província do Rio Grande do Sul só metade do que arrecadou. Ou seja, explorava mesmo.
 

A partir de 1845, a coisa mudou radicalemente de figura.
Tamanha foi a mudança que, no total do período, o Rio Grande do Sul junto com a Corte (o município do RJ)foram as únicas províncias grandes que recebiam mais recursos do Império do que mandavam.  E não era pouco, era uns 30% a mais. Que dizer, a partir da Guerra dos Farrapos, o RS passou a viver às custas, por assim dizer, das outras províncias brasileiras. Quem diria...

Este mesmo orgulho me bateu forte no peito quando vi no último domingo alguns eleitores de Renan Calheiros festejando a "vitória" dele no senado, aos brados de "nosso Senador ganhou". Pensei: "povo que não tem virtude acaba por ser escravo".


É fundamental, para um povo, ter orgulho de sua terra. E nós gaúchos, graças a Deus, temos muito orgulho da nossa.

Os que nos olham de fora do RS - e até alguns de dentro do RS mesmo - confundem isso com arrogância ou presunção, o que não é o caso. Somos muitíssimo orgulhosos de sermos brasileiros... Mas, sobretudo, temos estampado

É que nos orgulhamos de ter uma cultura bastante característica - na história, na música, no folclore e na culinária. Não que nos consideramos melhores ou piores que os demais, ou mais ou menos brasileiros que qualquer outro. É orgulho mesmo... que todo brasileiro tem...

Apesar de entender que, no início da Revolução Farroupilha o Rio Grande do Sul esteve perto de se separar, não temos como saber o que aconteceria e não acredito que, hoje, de forma alguma, este seja o caminho.

Sou sim, brasileiro como Airton Senna. Mas também sou gaúcho, como o Ronaldinho...

Valeu, Bento Gonçalves!

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Sirvam nossas façanhas…
… de modelo a toda terra

Há exatos 172 anos começava a maior guerra civil da história brasileira.

No dia 20 de setembro de 1835, no local onde hoje a Avenida Azenha cruza a Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, os “farroupilhas” declararam guerra ao governo da província, nomeado pelo Império.

Começava ali um dos capítulos mais importantes da história brasileira, e talvez o mais determinante da história e da cultura gaúcha. A Revolução Farroupilha, que duraria quase 10 anos, terminando apenas em fevereiro de 1945 com o tratado de Ponche Verde, marcaria toda a formação de um povo, mesmo quase dois séculos depois.

Apesar de a independência da província ser considerada hoje em dia a grande bandeira dos farrapos, essa não foi uma das razões iniciais do conflito. Estas, na verdade, eram mais econômicas - relacionadas ao charque - do que políticas. Apenas no desenrolar da guerra é que a independência gaúcha foi proclamada e, a partir daí, teve que ser defendida. É claro que ela se tornou uma das senão realmente a principal bandeira da revolução, mas não era assim no princípio.

Até hoje o Rio Grande do Sul cultua seus heróis revolucionários. Bento Gonçalves, Netto, Corte Real, e até mesmo o italiano Giuseppe Garibaldi são alguns dos grandes mitos da cultura gaúcha. São símbolos de homens determinados a defender sua terra - ou seu ideal - até o fim.

A importância do dia 20 de setembro de 1835 para os gaúchos pode ser medido por seus símbolos. A bandeira atual, por exemplo, é a mesma que era utilizada pelos farrapos, cujo significado era um “não” (a faixa vermelha) ao verde-amarelo, então símbolo do Império. O nosso hino, que também enaltece as virtudes dos farrapos, foi composto por soldados imperiais aprisionados numa das várias batalhas vencidas pelos “gaúchos”.

Hino Rio-grandense

Como a aurora precursora

do farol da divindade,

foi o Vinte de Setembro

o precursor da liberdade.



Mostremos valor, constância,

nesta ímpia e injusta guerra,

sirvam nossas façanhas

de modelo a toda terra.



Mas não basta pra ser livre

ser forte, aguerrido e bravo,

povo que não tem virtude

acaba por ser escravo.

16 de setembro de 2007

Lamarca é promovido e anistiado post-mortem


O Clube Naval, o Clube Militar e o Clube de Aeronáutica, que representam respectivamente oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, entraram com ação contra a União perante a Justiça Federal do Rio, para pedir a anulação da portaria do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu anistia política post-mortem ao capitão Carlos Lamarca - com promoção ao posto de coronel e proventos de general-de-brigada, além de reparação econômica no valor de R$ 902.715,97, em favor de sua viúva, Maria Pavan Lamarca.

Com data de 10 de setembro de 2007 e assinada pelo advogado Emílio Antônio Sousa Aguiar Nina Ribeiro, a ação requer também que sejam anuladas mais duas portarias que concedem indenização suplementar de R$ 100 mil à viúva e mais R$ 100 mil, igualmente em caráter indenizatório, a sua filha Cláudia Pavan Lamarca.

A ação requer ainda que, declarados nulos os atos administrativos do ministro da Justiça, sejam sustados os pagamentos deles decorrentes e devolvidos aos cofres públicos os que já tiverem sido efetuados.

Os autores argumentam que, conforme o Decreto 3.998, de 5 de novembro de 2001, só será promovido post-mortem o oficial que, "ao falecer, satisfazia as condições de acesso e integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento". Sustentam, assim, que o Conselho de Anistia não pode fazer a promoção, mesmo com o referendo do ministro da Justiça.

O advogado relembra a trajetória de Lamarca para contestar a promoção:

"O ex-capitão Carlos Lamarca se afastou voluntariamente do Exército, a fim de participar ativamente da guerra revolucionária destinada a implantar no Brasil a chamada ditadura do proletariado comunista. O seu termo de deserção tem a data de 13 de fevereiro de 1969. Além disso, roubou armas do Exército para alimentar a insurreição armada, participou do extermínio de muitos e assassinou, com requintes de tortura e perversidade, o tenente Alberto Mendes Júnior, que teve o crânio esfacelado a coronhadas por ordem de Lamarca, tão-só por ter aquele se oferecido para trocar de lugar com os seus subordinados que tinham sido emboscados e presos pela tropa de Lamarca."



As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, de 14 setembro de 2007.

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14 de setembro de 2007

Assim se movimentou o gaúcho


O mês de setembro tem uma grande importância para o Rio Grande do Sul e o dia 20 de setembro é a data máxima do povo gaúcho, quando é reverenciada a Revolução Farroupilha, marco da história e da formação política da sociedade rio-grandense, que foi transformada em feriado por decisão da Assembleia Legislativa do RS.

O tema nesse ano será "Assim se movimentou o gaúcho" e a música-tema será "Tradição em Movimento", de Erlon Péricles e Doca Duarte.

A Chama Crioula foi acesa em vários pontos do Estado, dando continuidade às comemorações da Semana Farroupilha que tem seu início no dia 13, e se estende até o dia 20.

 
.:: Entenda o Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul
 
O Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul surgiu no ano de 1947, a partir da criação do Departamento Tradicionalista, organizado por estudantes da famosa Escola Pública Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, liderado por João Carlos Paixão Cortes. Na capital gaúcha, neste período, se ergue, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, entre prédios residenciais e públicos, uma espécie de vila, com cerca de 400 barracas e galpões de madeira, denominada "Ronda Crioula".

O nome Ronda Crioula foi buscado na campanha, onde, quando se cuida do gado nas tropeadas, os gaúchos ficam sempre em redor deles, cantarolando, assobiando, tocando violão, que assim faziam para acalmar os bois. Um fogo, aceso a certa distância do gado, fica, igualmente rodeados de gaúchos que esperam para fazer a sua ronda, ou seja, vão substituir os companheiros que estão observando o gado. Completando 54 anos, desde 1947 a Roda Crioula reúne integrantes  de CTGs - Centros de Tradições Gaúchas, piquetes e milhares de pessoas, que visitam o local, e celebrtam a data, ao redor do fogo de chão, com churrasco e chimarrão, poesia, música e dança, relembrando a história e contando causos.

Como ponto máximo, encerrando as comemorações, os desfiles a cavalo ou em charretes reúnem, em todo o Estado, milhares de gaúchos, trajando as vestimentas típicas - os homens: bombachas, botas, lenços e chapéus de aba larga; as mulheres: vestidos de prenda, rodados e coloridos, e com belas flores nos cabelos.

Em clima de união, de clamor cívico e consciência viva, os gaúchos dão uma profunda demonstração de igualdade, integração do campo e da cidade e de respeito a sua história, reverenciando seus antecedentes, unindo gerações e etnias.

2 de setembro de 2007

Gaúcho é o cara!


Três argentinos de Corrientes e um gaúcho de Bagé, mateando e fumando:

1º correntino:
- Eu tenho muito dinheiro. Vou comprar o Citibank!


2º correntino:
- Eu sou muito rico. Comprarei a General Motors!


3º correntino:
- Eu sou um magnata. Vou comprar a Microsoft!

E os três ficam esperando o que o gaúcho iria falar. O gaúcho dá mais uma tragada, ajeita a bomba do mate na cuia do chimarrão, toma um golito, faz uma pausa e diz:

- Não vendo!

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