1 de dezembro de 2004

Minha vida é andar por esse país...

ABR/2004 - Muito original... vc teria tanta criatividade?
Dia dos Namorados 2004 ("É proibido subir no parapeito" ... dzzz! foi mal)
Boiadeiro: Festa do dia do AIS, em São José dos Campos SP. Comigo a PANA TIA Thalita Valerio ("miguinha"...)
Caraguatatuba - SP
Aparecida do Norte SP
Ouro Preto - MG

1 de novembro de 2004

Nos tempos de Belo Horizonte

Último dia do estágio prático na Sala AIS SBBH - última volta!!!



Expediente na Sala AIS - Aeroporto da Pampulha, com meu brother Ricardo Vargas.


Lagoa da Pampulha, ao fundo Estádio Mineirão e Ginásio Mineirinho


zzzzzzzzz!


Ingo LOKO e Digão: tricolores em BH!!!

28 de agosto de 2004

Torre de Controle GUARULHOS - SP


Visita à Navegação Aérea (jul/2004 - Ethiene, Ricardo, Thalita e Rodrigo). Grande oportunidade em que conhecemos a maior Torre de Controle da América Latina e uma das maiores do mundo! Muito show essa visita..
(dir. esq) Alexandre Biondi, Ronaldo, Rodrigo, Myriam, EB Ribeiro, Ruy, (ao fundo) Thalita e Ricardo
A vista do mirante no exterior da Torre é espetacular!


Sala AIS - GUARULHOS - SP

Também foi bastante interessante conhecer a Sala AIS que mais recebe Planos de Vôo no Brasil. Não dá tempo nem prá respirar, hehehe.





1 de janeiro de 2004

Perfil


Fora o fato de ser um peregrino e passar o dia, raciocinando profissionalmente as distâncias em milhas náuticas (NM), as altitudes em pés (FT), as velocidades em knots (KT) e ter o meu tempo determinado pelo horário Universal (UTC), considero-me um cara bem normal!

Sou gaúcho do litoral, nascido em Capão da Canoa (30/11/75). Por ter recebido educação cristã desde sempre, tento me espelhar nos ensinamentos de Cristo, sobretudo no maior deles, que é o AMOR. Por isso, prefiro servir a ser servido.

Durante minha infância, por causa da profissão do meu pai, migrávamos muito entre a capital gaúcha, no inverno, e o litoral, no verão. Em 1987 meu pai vendeu a empresa que ele tinha em POA. Foi junto no pacote o telefone comercial, o carro, o apartamento e, quase como retirantes flagelados pela seca, fomos para Garça, interior de São Paulo, à caça de um pastor amigo do meu pai, a fim de realizar seu antigo sonho de ser pregador do evangelho. Essa história não deu certo, pois meses depois toda a reserva de grana que ele tinha se esvaiu nas mãos do pastor pilantra e, 7 meses depois, no mesmo ano, voltamos para Capão da Canoa... e nossa história de vida mudaria para sempre (e minha desconfiança em homens de gravata com bíblia no sovaco também).

Eu não me conformava muito com aquela violenta queda de uns anos antes e, aos 14 anos, comecei a trabalhar, sempre em subempregos informais. Fui agenciador em imobiliária, empacotador em supermercado, office boy num hospital. As idas e vindas para POA continuaram. Passei alguns anos em Porto Alegre e depois voltamos para Capão, como de costume. Na saída da adolescência, fui também servente de carpinteiro em construção civil... só coisa boa!


Aos 18, voltei para POA em definitivo. Fui servir o Exército e permaneci na caserna por 7 anos (1995-2002) na graduação de CABO.

A estas alturas da vida eu já tinha muita coisa planejada a médio e longo prazo. Nunca soube ao certo o que eu queria para mim, mas sabia exatamente o que eu NÃO queria para mim. Eu tinha apenas 18 anos, mas já carregava comigo algumas desilusões. Por conta disso, vivi por alguns anos à base do medo. Medo de sofrer... Eu não queria repetir a história malfadada do meu pai. Não queria ser o que ele foi, só isso. Queria levar comigo a essência dele. Queria manter a teimosia e a coragem do meu pai. Queria o amor e a fé na humanidade e em Deus, mas não queria o fracasso profissional dele... isso não. Fiz, então, o que um cara normal faria: trabalhar muito e estudar mais ainda. E assim, fui misturando ousadia e medo. A cada conquista eu me sentia mais seguro. A cada conquista eu tinha mais medo de perder o que eu conquistava. E nesse paradoxo, naturalmente, me afastei das pessoas que eu tinha afeto... para viver uma fase bastante vazia.

No ano de 1998 me senti um verdadeiro vitorioso por deixar para trás o legado pobre e humilde que eu estava condenado. Passei no vestibular de Direito da PUCRS, um dos concorridos lá da minha terra. Cursei 7 semestres, dos 12 curriculares.


No tempo em que eu era militar, eu prestava alguns concursos. No começo era para tentar a sorte. Depois, para pegar experiência. Daí fui melhorando e comecei a praticar e me posicionar melhor entre os aprovados, até que minha vida deu outra guinada... Aliás, várias!!!

Naqueles anos de serviço militar, fiz muita coisa. Fui atirador da equipe de tiro de fuzil e competi bastante pelo Exército. Mas as viagens frequentes para competir atrapalhavam meus estudos e preferi parar com o esporte. Trabalhei numa seção administrativa e conquistei a confiança de meus superiores, o que me facilitava bastante a vida militar, pois sempre deixei claro a todos que eu estava militar, mas não seria militar para sempre.

E assim foi. Depois de 7 anos de serviço, dei baixa do Exército, em 2002 e casei-me naquele mesmo dia 13/mar com a VERINHA, uma gauchinha linda que era minha melhor amiga, mas que hoje é mais que uma cúmplice, é confidente e companheira e que me tornou um dos caras mais felizes deste mundo.

A minha vida se tornou um tabuleiro de xadrez. Para eu conquistar alguns objetivos lá na frente, tive que sacrificar várias peças da minha vida naquela fase... e foi difícil manter o foco no jogo, pois foram tantos os desvios até retomar a jogada principal! Desempregado, tranquei a faculdade, pensando em voltar no fim do ano, e mal sabia que eu iria me formar quase 5 anos após, e depois de viver do outro lado do Brasil por 2 anos...

Enfim, como o meu objetivo maior era me formar em Direito, eu precisava de grana, de trabalho. Então, tive que pensar numa profissão estável. Quando eu ainda era milico, prestei concurso para a INFRAERO e fui chamado pela empresa em 2003. No começo de 2004, então começou a minha trip pelo Brasil. Fui para um curso de formação no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) -- na época era IPV --, em São José dos Campos/SP. Concluí o curso e fui para o Estágio Prático no Aeroporto da Pampulha, Belo Horizonte/MG e me formei Especialista em Informações Aeronáuticas (área do sistema de controle do espaço aéreo). Ledo engano meu pensar que seria apenas uma fase a ida para o curso e estágio e o retorno no finl do ano. A contratação na Empresa foi em RECIFE/PE em 2004. Mudei de mala e cuia para o Nordeste, onde trabalhei por quase 2 anos e fui muito, mas muito feliz mesmo (a gente nunca fala das saudades dos amigos e da família, da nossa terra, das nossas coisas nessas horas...).

Em 2006, vi a possibilidade de retornar à região Sul e vim de transferência para o Aeroporto de Navegantes SC, cidade onde resido. Retomei a faculdade de DIREITO na UNIVALI/Itajaí SC e meu currículo deu “aquela bagunçada” de praxe. Mas, Deus me deu força e perseverança e me formei em julho/2009.

Compenso minha inteligência com minha curiosidade e, às vezes acho que deveria curtir um pouco mais a vida (não que eu não curta, não é isso...). Descobri que corro sempre contra o tempo e a favor da minha vaidade intelectual. Prefiro chamar minha vaidade de "curiosidade", o que me torna um cara normal, devido à incessante busca por melhorar; por buscar sempre o meu espaço. Leio muito. Penso muito. Falo muito. Reclamo pouco, me conformo menos ainda. Sou meio assim 8 ou 80, sabe? Um pouco extremista, eu diria. Gosto de coisas diferentes, de conhecer novas culturas e uma das minhas maiores paixões é viajar. Tenho paixão pela música erudita, (a barroca, aquela que teimam em chamar de clássica). Nas horas vagas, não dispenso o futebolzinho com amigos, tocar teclado ou fotografar umas belas imagens. Outras paixões, além da VERINHA, são o Direito e a Aviação.


Bom, depois dessa descrição toda, posso dizer que sou uma pessoa amiga e sincera, alegre e divertida (pagar mico é comigo mesmo). E também sou a pessoa mais sem noção que conheço. Não sou muito chegado a rótulos, na verdade nem um pouco -- rótulos são máscaras fúteis e mentirosas, na maioria das vezes... Prefiro mais valorizar o conteúdo ao frasco. Prefiro ler nas entrelinhas e descobrir a essência das pessoas que me rodeiam.

Gosto das regras, mas não vivo em função delas, ao contrário, acho que as regras foram criadas para o homem, não o homem para as regras. Não creio que tudo o que seja normal e corriqueiro seja o correto. Afinal, todo mundo pode estar fazendo algo e todo mundo pode estar errado! Na maioria das vezes eu não me espanto quando sou 1 em 10 que penso diferente. Sou avesso à unanimidades. Não me entusiasmo por grandiosidades. De fato é a simplicidade que me cativa, pois nela mora a genialidade. Acredito que o "essencial seja invisível".E sou capaz de ficar embasbacado ao ver a complexa organização de um formigueiro...

Defeitos? Sim, eu os tenho de montão! Sou, às vezes, tão distraído, que chego a ser engraçado.

Sou persistente (ou seria teimoso?). Tento moderar minha impaciência.

A curiosidade, já não sei se é defeito ou virtude, me faz andar além do próprio pátio!

Nada do que limita me determina. Nada do que determina diz quem sou. Procuro pelo que eu ainda não fiz, e isso, sim, me alucina! Quero fazer tanta coisa ainda que uma vida somente ainda é pouco. Acho que se eu vivesse uns 200 anos, seria pouco ainda.

O mau gerenciamento do meu tempo (quero tudo ao mesmo tempo, agora!) sempre me faz dever uma visita pra alguém!

Meus maiores tesouros, nesta ordem: DEUS primeiramente, minha mente e meu coração e Verinha, a pessoa que só soma na minha vida. Depois, e igualmente empatados em importância, meus amigos e minha família, pessoas sem as quais eu não estaria sequer digitando este texto.

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