31 de dezembro de 2008

Foi assim em 2008

Da eleição do primeiro presidente negro dos EUA a uma crise financeira global.

Um ano marcado por eleições, pela esperança da retirada das tropas do Iraque, por sapatadas visando Bush, pelo show chinês nos jogos olímpicos -- que deixou espectadores com os olhos atentos desde a abertura --, pela diminuição brusca de juros em uma tentativa de atenuar a crise financeira global e pela forma com que o Brasil se posicionou frente ao cenário político internacional.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertaram os reféns, com destaque para Ingrid Betancourt. Kosovo declarou independência da Sérvia. Dmitry Medvedev assumiu o poder na Rússia, seguindo passos de Putin, e posteriormente chegou a visitar a América Latina. Robert Mugabe assumiu o poder pela sexta vez no Zimbábue. O conflito na Geórgia também fez levantar a hipótese de uma volta da Guerra Fria.

Dois mil e oito termina digno de um ano histórico, abrindo caminhos para surpresas e incertezas futuras.

O Opinião e Notícia publicou uma Retrospectiva de 2008.

30 de dezembro de 2008

O maior erro de Lula

Brasileiros perderão dinheiro com o fundo soberano

O governo federal aproveitou o clima de festa do Natal para aprovar a mudança da legislação que rege o Fundo Soberano do Brasil (FSB). A lei foi sancionada pelo presidente Lula no dia 24 de dezembro, mesmo dia em que o próprio Lula promulgou uma Medida Provisória que mudava a lei aprovada horas antes. 

Os fundos soberanos são os antigos Tesouros nacionais. Desde meados do Século XX, essas reservas começaram a ser administradas e passaram a servir para contrabalançar e atenuar os ciclos econômicos e estimular a economia.

Quando, em 2007, o Brasil parecia um país de Primeiro Mundo, as reservas brasileiras superaram a dívida externa e o Brasil, pela primeira vez em sua história recente, passou de devedor a credor externo. Além de rentabilizar as reservas, o FSB serviria para atenuar o impacto das crises econômicas internacionais sobre a economia.

Com a Medida Provisória 452, de 24 de dezembro de 2008, que autorizou o Tesouro Nacional a emitir títulos para custear as despesas do Fundo Soberano, o governo pode forrar o Fundo Soberano com recursos públicos (ou seja, gastando menos do que se arrecada) ou fazendo dívidas e deixando a conta para alguém pagar.

Depois de anos de juros altos e austeridade para sanear as contas públicas e começar a colher os frutos desse sacrifício, vem o governo e faz mais dívidas. E somos nós, brasileiros, que vamos pagar a conta.

Leia mais em:

29 de dezembro de 2008

Disputa pelo fundo do mar

De acordo com a Convenção da ONU sobre a Lei do Mar, os países signatários têm até 13 de maio para registrar suas pretensões a aumentar sua plataforma continental.

De acordo com a legislação internacional cada país pode explorar o subsolo marinho a até 200 milhas náuticas (370km) da costa.

Dependendo da conformação do solo submarino e de condições geológicas, a convenção prevê a possibilidade de aumentar essa distância até 350 milhas náuticas. Isso pode ser muito valioso, pois o solo e subsolo marinhos são ricos em metais variados, além de conter grandes depósitos de petróleo e gás.


Economist - International -- Scramble for the seabed 

26 de dezembro de 2008

Sugestão de redação para o vestibular

Dizem por aí que a autora desta maravilha é uma aluna do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que teria vencido um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa:

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

How “Merry Christmas” is said

Afrikaans: Geseënde Kersfees

Afrikander: Een Plesierige Kerfees

African/ Eritrean/ Tigrinja: Rehus-Beal-Ledeats

Albanian:Gezur Krislinjden

Arabic: Milad Majid

Argentine: Feliz Navidad

Armenian: Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand

Azeri: Tezze Iliniz Yahsi Olsun

Bahasa Malaysia: Selamat Hari Natal

Basque: Zorionak eta Urte Berri On!

Bengali: Shuvo Naba Barsha

Bohemian: Vesele Vanoce

Bosnian: (BOSANSKI) Cestit Bozic i Sretna Nova godina

Brazilian: Feliz Natal

Breton: Nedeleg laouen na bloavezh mat

Bulgarian: Tchestita Koleda; Tchestito Rojdestvo Hristovo

Catalan: Bon Nadal i un Bon Any Nou!

Chile: Feliz Navidad

Chinese: (Cantonese) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun

Chinese: (Mandarin) Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan (Catonese) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun

Choctaw: Yukpa, Nitak Hollo Chito

Columbia: Feliz Navidad y Próspero Año Nuevo

Cornish: Nadelik looan na looan blethen noweth

Corsian: Pace e salute

Crazanian: Rot Yikji Dol La Roo

Cree: Mitho Makosi Kesikansi

Croatian: Sretan Bozic

Czech: Prejeme Vam Vesele Vanoce a stastny Novy Rok

Danish: Glædelig Jul

Duri: Christmas-e- Shoma Mobarak

Dutch: Vrolijk Kerstfeest en een Gelukkig Nieuwjaar! or Zalig Kerstfeast

English: Merry Christmas

Eskimo: (inupik) Jutdlime pivdluarit ukiortame pivdluaritlo!

Esperanto: Gajan Kristnaskon

Estonian: Rõõmsaid Jõulupühi

Ethiopian: (Amharic) Melkin Yelidet Beaal

Faeroese: Gledhilig jol og eydnurikt nyggjar!

Farsi: Cristmas-e-shoma mobarak bashad

Finnish: Hyvaa joulua

Flemish: Zalig Kerstfeest en Gelukkig nieuw jaar

French: Joyeux Noel

Frisian: Noflike Krystdagen en in protte Lok en Seine yn it Nije Jier!

Galician: Bo Nada

Gaelic: Nollaig chridheil agus Bliadhna mhath ùr!

German: Fröhliche Weihnachten

Greek: Kala Christouyenna!

Haiti: (Creole) Jwaye Nowel or to Jesus Edo Bri'cho o Rish D'Shato Brichto

Hausa: Barka da Kirsimatikuma Barka da Sabuwar Shekara!

Hawaiian: Mele Kalikimaka

Hebrew: Mo'adim Lesimkha. Chena tova

Hindi: Shub Naya Baras (good New Year not Merry Christmas)

Hausa: Barka da Kirsimatikuma Barka da Sabuwar Shekara!

Hawaian: Mele Kalikimaka ame Hauoli Makahiki Hou!

Hungarian: Kellemes Karacsonyi unnepeket

Icelandic: Gledileg Jol

Indonesian: Selamat Hari Natal

Iraqi: Idah Saidan Wa Sanah Jadidah

Irish: Nollaig Shona Dhuit, or Nodlaig mhaith chugnat

Iroquois: Ojenyunyat Sungwiyadeson honungradon nagwutut. Ojenyunyat osrasay.

Italian: Buone Feste Natalizie

Japanese: Shinnen omedeto. Kurisumasu Omedeto

Jiberish: Mithag Crithagsigathmithags

Korean: Sung Tan Chuk Ha

Lao: souksan van Christmas

Latin: Natale hilare et Annum Faustum!

Latvian: Prieci'gus Ziemsve'tkus un Laimi'gu Jauno Gadu!

Lausitzian:Wjesole hody a strowe nowe leto

Lettish: Priecigus Ziemassvetkus

Lithuanian: Linksmu Kaledu

Low Saxon: Heughliche Winachten un 'n moi Nijaar

Macedonian: Sreken Bozhik

Maltese: IL-Milied It-tajjeb

Manx: Nollick ghennal as blein vie noa

Maori: Meri Kirihimete

Marathi: Shub Naya Varsh (good New Year not Merry Christmas)

Navajo: Merry Keshmish

Norwegian: God Jul, or Gledelig Jul

Occitan: Pulit nadal e bona annado

Papiamento: Bon Pasco

Papua New Guinea: Bikpela hamamas blong dispela Krismas na Nupela yia i go long yu

Pennsylvania German: En frehlicher Grischtdaag un en hallich Nei Yaahr!

Peru: Feliz Navidad y un Venturoso Año Nuevo

Philipines: Maligayan Pasko!

Polish: Wesolych Swiat Bozego Narodzenia or Boze Narodzenie

Portuguese:Feliz Natal

Pushto: Christmas Aao Ne-way Kaal Mo Mobarak Sha

Rapa-Nui (Easter Island): Mata-Ki-Te-Rangi. Te-Pito-O-Te-Henua

Rhetian: Bellas festas da nadal e bun onn

Romanche: (sursilvan dialect): Legreivlas fiastas da Nadal e bien niev onn!

Rumanian: Sarbatori vesele or Craciun fericit

Russian: Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom

Sami: Buorrit Juovllat

Samoan: La Maunia Le Kilisimasi Ma Le Tausaga Fou

Sardinian: Bonu nadale e prosperu annu nou

Serbian: Hristos se rodi

Slovakian: Sretan Bozic or Vesele vianoce

Sami: Buorrit Juovllat

Samoan: La Maunia Le Kilisimasi Ma Le Tausaga Fou

Scots Gaelic: Nollaig chridheil huibh

Serbian: Hristos se rodi.

Singhalese: Subha nath thalak Vewa. Subha Aluth Awrudhak Vewa

Slovak: Vesele Vianoce. A stastlivy Novy Rok

Slovene: Vesele Bozicne Praznike Srecno Novo Leto or Vesel Bozic in srecno Novo leto

Spanish: Feliz Navidad

Swedish: God Jul and (Och) Ett Gott Nytt År

Tagalog: Maligayamg Pasko. Masaganang Bagong Taon

Tamil: (Tamizh) Nathar Puthu Varuda Valthukkal (good New Year not Merry Christmas)

Trukeese: (Micronesian) Neekiriisimas annim oo iyer seefe feyiyeech!

Thai: Sawadee Pee Mai or souksan wan Christmas

Turkish: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun

Ukrainian: Srozhdestvom Kristovym or Z RIZDVOM HRYSTOVYM

Urdu: Naya Saal Mubarak Ho (good New Year not Merry Christmas)

Vietnamese: Chuc Mung Giang Sinh

Welsh: Nadolig Llawen

Yoruba: E ku odun, e ku iye'dun!

24 de dezembro de 2008

Um feliz natal

Neste Natal tenha prudência.

Se o presente for muito barato, embrulhe-o muito bem.

Se for caro, pague parcelado.

Não abuse das gorduras, muito cuidado com o colesterol.

Destranque as portas, facilite a vida do Papai Noel, coitado.

Esqueça aquele colega panaca da repartição, puxa-saco do chefe.

Você não queria aquela promoção mesmo. Não chute a mesa... Não chute!

Se a sogra não vier, ligue. Se ela aparecer, não dê bola. Afinal, Natal é só uma vez por ano.

Abrace os filhos. Elogie a esposa, ainda que o peru tenha ficado uma droga.

Não solte foguete. Respeite o vizinho. Não espie a vizinha pelada na piscina.

Não pise na grama. Recolha o coco do cachorrinho.

Ah, se for dirigir não beba. E se beber... Me convide!


Tenham um feliz Natal


Sérgio Luís da Silva Vargas

21 de dezembro de 2008

Jesus não nasceu em 25 de dezembro

Nesta época do ano, o comércio fatura mais do que em dias normais, as ruas ficam enfeitadas; há troca de presentes entre pessoas especiais e colegas de trabalho; e as escolas e as igrejas tentam ensinar às crianças que o verdadeiro sentido do Natal é o nascimento de Cristo. Verdadeiro? Até mesmo entre os cristãos há divergência quanto à celebração da data.

O nascimento de Jesus só passou a ser atrelado a essa data quando, por uma questão política, o imperador romano Constantino procurou resgatar a unidade religiosa do povo que governava. Constantino aproveitou a difusão do cristianismo para controlar o império. Foi ele que estabeleceu os costumes e rituais da Igreja Católica Romana, criada no Concílio de Nicéia em 325 d.C., passando o dia de celebração do sábado para o domingo e "criando" o Natal cristão. Além disso, a Igreja Romana também assimilou muitos costumes de outros povos que o império dominava, como conta Henry Bettenson em seu livro Documentos da Igreja Cristã.

O que ocorre é que em outras culturas, anteriores a Cristo, 25 de dezembro era marcado como o dia do nascimento de deuses, geralmente ligados ao Sol. Na definição da Enciclopédia Barsa, o Natal é uma data "fixada no ano de 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia".

Estas festas estão relacionadas às estações do ano. O culto pagão Natalis Invistis Solis (nascimento do deus sol invencível), ao deus Mithra, da Pérsia, do qual Constantino era sumo sacerdote, é celebrado nesta data, já que do dia 24 para o 25 acontece a passagem do Solstício de Inverno para o Equinócio de Primavera nos países do Hemisfério Norte. Durante o período do Solstício de Inverno, os dias são curtos e frios porque, segundo o Observatório Astronômico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desta perspectiva, o Sol se move durante seis meses para o sul e fica mais fraco. Ao nascer do dia 25, ele se move um grau, mas, desta vez, para o norte, trazendo dias mais longos e quentes e, claro, a primavera com suas flores, a colheita, o acasalamento dos animais e todo o culto em torno da fertilidade.

Os solstícios são as posições da Terra em relação ao Sol. Entre eles há os Equinócios de Primavera e Outono, que ocorrem quando os dois hemisférios ficam dispostos simetricamente em relação ao Sol, que sempre foi motivo de culto e adoração em inúmeros povos.

No Egito, 3000 anos a.C., o Sol aparece na figura do deus Hórus, que nasceu da virgem Isis, na mesma data de Mithra. Seu arqui-inimigo era Set, que representava o mal, as trevas ou a noite. Todos os dias eles travavam batalhas. Ao entardecer, Set ganhava e mandava Hórus para as trevas, ao amanhecer, acontecia o contrário e Hórus reaparecia vitorioso no céu. Durante a primavera e o verão, quando os dias são mais longos, Hórus prevalecia. De igual forma, a mesma estrutura mitologia, é encontrada uma das versões da história de Krisha, da Índia, cujo nascimento teria sido em 25 de dezembro a 900 anos a.C., também de uma virgem, Devaki.

Jesus não poderia ter nascido nesta data, pois em Israel é inverno e dificilmente pessoas peregrinam nesta época. Os pais de Jesus estavam a caminho de Jerusalém, o que só ocorria em duas ocasiões -- no aniversário da cidade e na Festa dos Tabernáculos, ou Sucot, a festa das colheitas do povo judaico. Os indícios apontam que o nascimento teria acontecido na segunda ocasião. Russel Shedd constatou em seus estudos para a tese de doutorado que o nascimento se deu em outubro, durante a festividade, considerando os turnos de sacerdócio de Zacarias, pai de João Batista, primo de Jesus. "Ele nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro. Seu nascimento pode ser calculado assim: Zacarias exercia seu turno em julho (Lc. 1:5,8) por ser do turno de Abias, o oitavo turno do ano eclesiástico que começava em março (I Cr. 24:10). Foi o mês da concepção de João Batista, (Lc. 1:23-24), que nasceu, pois em abril do ano seguinte. Jesus nasceu seis meses mais tarde, (Lc. 1:26), portanto em plena Festa dos Tabernáculos."

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