29 de agosto de 2008

Univali é maior instituição de ensino de Santa Catarina

A Universidade do Vale do Itajaí sedimentou sua posição, pelo segundo ano seguido, no ranking das maiores empresas da Região Sul, realizado pela Revista Amanhã – Grandes e Líderes e que chega às bancas na próxima semana. A instituição conquistou a posição 39 em Santa Catarina e 184 entre todas dos três estados do Sul. No setor de Educação, a Univali é também a primeira do Estado.
 
Para o reitor da Univali, José Roberto Provesi, o destaque recebido pela instituição é a consolidação de uma gestão por resultados: "Num cenário extremamente competitivo, como o atual do ensino superior, é necessário que os gestores assumam posições firmes e ponderadas para equacionar receitas e investimentos", resume. A Univali possui atualmente seis campi e cerca de 30 mil alunos. Neste ano, a instituição fez nova expansão, com a inauguração da Unidade Florianópolis – Ilha, que já está em atividade com quatro novos cursos e mais de 200 alunos.
 
O ranking da Revista Amanhã é realizado pela Pricewaterhousecoopers, a partir das demonstrações contábeis consolidadas das instituições participantes. Três tabelas trazem comparações de classificação e de valores entre os dois últimos exercícios: a de valor ponderado de grandeza (VPG), a de receita bruta e a de patrimônio líquido. Para isso, foram comparados os dados de VPG, receita e patrimônio coletados a partir do balanço de 2007, divulgado em 2008.

25 de agosto de 2008

Os piores acidentes da última década

Pelo menos 153 passageiros e tripulantes de um vôo da Spanair morreram no dia 20 de agosto, quando o avião caiu logo após a decolagem no aeroporto internacional de Madrid.

O avião, um McDonnell Douglas-82, passou por uma inspeção em janeiro, mas dúvidas estão sendo levantadas sobre a segurança da série de aviões MD-80. Em março, a American Airlines realizou inspeções de segurança na sua frota de MD-80. Nos últimos três anos, cerca de 300 pessoas morreram em acidentes envolvendo este tipo de avião.

Os piores acidentes aéreos da última década aconteceram em geral em países mais pobres, e envolveram -- em proporções praticamente iguais -- aviões de todas as grandes fabricantes.
 
O desastre com o GOL, em 2006, é o 9º colocado, e o acidente e com o TAM, em 2007 figura na 5ª posição entre os piores acidentes da última década.
 

17 de agosto de 2008

Derci no céu...

- Porra tá frio aqui em cima;
- O céu não tem temperatura - pondera um porteiro celestial de plantão.
- Não tem é o cassete. Tá frio sim senhor - insiste Dercy.
- Prefere o inferno? Lá é mais quentinho.
- Manda tua mãe pra lá.
- Cadê o Pedro?
- Pedro só atende aos purificados.
- E eu to suja por acaso : To cagada?
- Você primeiro tem que passar pelo purgatório, ajustar umas continhas…
- Não devo nada a puto nenhum.
- Você foi muito sapeca lá por baixo.
- Como é que você sabe. Andava escondido debaixo das minhas saias?
- Dercy, daqui de cima a gente vê tudo.
- Vê porra nenhuma. Vê a pobreza, a violência, meninas de  4 anos sendo estupradas pelos pais, político metendo a mão no dinheiro dos pobres, cara cheirando até cocô pra ficar doidão? O que vocês vêem? Só viam…
- Você fala muito palavrão
- Eu sempre disse que o palavrão estava na cabeça de quem escutava. Palavrão é a fome, a falta de moral destes caras que pensam que o mundo é deles.  Esses goelas grandes e seus assessores laranjas, tangerinas e o cassete…
- Está vendo? Outro palavrão
- Cassete é palavrão seu porteiro de meia tigela? Palavrão é a PQP… (silêncio de alguns segundos)
- Seja bem vinda Dercy. Sou Pedro. Pode entrar.
- Porra, não é que eu morri mesmo! E o purgatório?
- Você já passou 101 anos por ele, lá em baixo. Venha descansar.
- É tô precisando mesmo. Mas tira essa mão boba de cima de mim!

5 de agosto de 2008

A doença crônica do Estado paralelo

O Rio de Janeiro, talvez por ser a cidade-vitrine do Brasil, é sempre a bola da vez quando o tema se torna novamente candente.

No entanto, a geografia da cidade, que facilita o esconderijo de traficantes e milicianos, não explica a raiz do problema, já que a doença se tem espalhado pelo restante do Estado, em cidades como Cabo Frio, de relevo quase todo plano.

A volta ao debate do Estado paralelo, ou melhor, exclusivo de certas regiões do Rio de Janeiro por conta do impedimento que o tráfico e as milícias têm imposto ao acesso dos candidatos às eleições municipais durante suas peregrinações em garimpagem de votos é, como quase tudo no Brasil, mais do mesmo. Trata-se do retorno à abordagem da doença crônica da ausência do Estado onde não lhe convém estar porque há sempre outras prioridades, e como se sabe, governar é estabelecer prioridades. Quais e para quem são outros quinhentos.

E não há uma vez em que, nessas crises, não se avente a intervenção do Exército, que nunca ocorre, salvo quando para favorecer candidatos amigos do presidente, como o senador Marcelo Crivella. As sugestões de envio de tropas federais ou da Força Nacional de Segurança são invariável e enfaticamente apoiadas pelo governador Sérgio Cabral, que reclama de barriga cheia. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública o Rio de Janeiro dispunha, em 2005, de um policial militar para 422,44 habitantes, e um policial civil para 1434,62 habitantes. Os números de São Paulo e Minas, respectivamente, são: PM/ hab. 481 (2003); Civis/hab. 1.139,11 (2006); MG: PM/hab.486,72 (2005) e Civis/hab. 1.908,06 (2006).

Quanto menor o número, maior a quantidade de policiais por habitante, portanto, melhor deveriam ser as condições de segurança pública. Daí se conclui que, entre estes três estados, o Rio é o mais bem aquinhoado em número de policiais e, no entanto, continua patinando na questão da segurança.

Cabe aqui uma pergunta interessante: se as tais milícias, em boa parte compostas de policiais e bombeiros (que também são policiais), conseguiram expulsar traficantes de algumas comunidades, por que é que o verdadeiro poder público, que emprega e comanda (?) esses mesmos homens, não consegue emular a façanha?

São Paulo, com menos policiais proporcionalmente ao número de habitantes, tem melhorado a segurança da cidade, embora não se meta com o PCC, muitíssimo mais perigoso e poderoso que os traficantes e milicianos cariocas e fluminenses. Outra diferença, em São Paulo, é que o risco de um político deparar com bandidos armados de metralhadoras, como aconteceu com Fernando Gabeira no Rio, é literalmente nulo. Daí, a tranqüila latência do PCC.

Descriminar as drogas, o verdadeiro golpe de morte no poder do tráfico, nem passa pela cabeça de nossos parlamentares.

Qual seria, na opinião do leitor, a razão desta infindável letargia dos governos no combate ao crime organizado? Há muitas: incompetência, corrupção, desinteresse pelos menos favorecidos. No caso do Rio, cabe lembrar seu ex-governador Anthony Garotinho foi secretário da Segurança no governo de Rosinha Mateus, sua mulher, e foi acusado pela Polícia federal de "chefe de quadrilha" armada. Neste insólito caso, o poder público assumiu um duplo papel: era também o paralelo.

Tudo explica a caótica situação, menos falta de recursos, já que os governos vêm batendo recordes sucessivos de arrecadação. Além do mais, os municípios fluminenses são os que mais, e cada vez mais, recebem royalties do petróleo.

Embora a segurança pública não figure entre as atribuições municipais, a saúde e a educação fazem parte delas. E vá o leitor conferir a situação da população carente em Campos dos Goytacazes, cidade fluminense que recebeu R$ 848 milhões (24% de tudo o que é distribuído aos municípios) de royalties em 2006. Do total destinado aos Estados, 86% vão para as mãos do Governo do Rio de Janeiro.

São Paulo, que também tem suas milícias, teve um coronel da PM assassinado por um dos seus integrantes, que também é PM. E um tenente-coronel, ameaçado, pediu transferência para uma cidade do interior.

Essas organizações criminosas, com menos recursos humanos e financeiros, fazem muito mais que os governos. Uma questão de competência, certamente.

Ligações sob suspeita

Justiça autorizou PF a investigar todas as ligações telefônicas feitas no país
 
Os policiais federais envolvidos na Operação Satiagraha -- que prendeu o banqueiro Daniel Dantas e outras 17 pessoas -- foram autorizados pela Justiça a acessar o cadastro completo e o histórico de ligações de todos os assinantes das companhias telefônicas do Brasil.

A autorização -- que permite à PF mapear as chamadas, mas não ouvir e nem gravar as conversas -- não está prevista na lei nº 9296, que disciplina a interceptação de comunicações telefônicas em investigações criminais.

A operadora de telefonia celular Vivo apontou, em ofício enviado em 2007 à Justiça, que sua principal preocupação é que o sistema usado na investigação "dá margem a abusos". Segundo a empresa, o Ministério Público entendia que a concessão de acesso aos dados não tem base legal e fere o direito constitucional do sigilo de dados pessoais.

Anistia: ampla, geral, irrestrita

No final dos anos 70 começou a se vislumbrar o fim do regime militar. Não havia dúvidas de que ele iria acabar, mesmo os militares estavam convencidos disso, só faltava definir quando viria o esperado acontecimento.

A esquerda brasileira, pensando na volta de seus membros no exílio ou na clandestinidade começou a campanha da anistia. (Um bom exemplo desse caso é José Dirceu, que foi morar no Paraná usando nome falso, casou, teve filho, livrou-se dessa família e voltou à atividade política).

A campanha durou vários anos, usando o slogan acima. Carros circulavam com adesivos com o slogan, discursos eram feitos, panfletos distribuídos. Em 1979, seis anos antes da redemocratização, os militares cederam e a lei foi aprovada. Logo depois assumiu o último general-presidente, Figueiredo, que sabia que seu papel era encaminhar o processo de abertura, o qual efetivamente culminou com a volta da sociedade civil ao poder com a eleição de Tancredo Neves, em 1985.

Não havia dúvida alguma sobre o sentido do "ampla, geral, irrestrita". Aliás, essas palavras por si mesmas bastam. Era para todos. Era para seqüestradores "políticos", para assaltantes "políticos", e para os militares que os perseguiram por razões "políticas".
 
Dois pesos, duas medidas...
Começa agora uma campanha, liderada ou apoiada pelo atual ministro da Justiça, Tarso Genro, a favor de revogar a anistia para os militares. O argumento é que tortura é crime comum, não é crime político, e portanto não está coberta pela Lei da Anistia. Mas se a tortura, feita obviamente por razões políticas, é crime comum, então seqüestro e assalto também o são. Também o são assassinatos como o cometido pelo ex-capitão Lamarca, que matou friamente pelo menos um companheiro de armas (e cuja viúva foi brindada recentemente com uma boa indenização e pensão, com promoção póstuma do desertor assassino a coronel).

Em nossa opinião, levantar esse debate sujo, mudando as regras do jogo combinadas claramente, só pode trazer prejuízo para a sociedade em geral. Já se fala em grupos civis entrarem com ações na justiça pedindo punição para os que cometeram atos de violência ou terrorismo, incluindo aí muitos membros atuais ou passados do governo.

ANISTIA: AMPLA, GERAL, IRRESTRITA !?

Torturadores do regime militar

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou, na quinta-feira (31/07), que deve haver punição para os torturadores que participaram de crimes, como assassinatos e violações de direitos humanos, durante o regime militar no Brasil. A afirmação foi feita em uma audiência pública no Ministério da Justiça, onde foram analisadas as responsabilidades de agentes do Estado que tenham praticado os atos no período.

Tarso Genro negou que haja "revanchismo" do governo na intenção de julgar os crimes e afirmou que sua discussão é necessária, apesar de dizer que o governo e o povo têm vergonha de fazê-la. Ele afirma que os "violadores dos direitos humanos" agiram fora da ordem do próprio regime militar.

1 de agosto de 2008

Bagagens perdidas

Dor de cabeça para passageiros e companhias aéreas

Não se trata de uma inconveniência apenas para os viajantes, é também um grande custo para as companhias aéreas. Estima-se que as bagagens perdidas custem ao setor aéreo cerca de US$ 4 bilhões por ano.

Alguns dos problemas são os atrasos e o envio das bagagens para aeroportos errados. No ano passado, passageiros nos EUA fizeram mais de 7,5 milhões de relatos sobre problemas com suas bagagens. Isto representa sete em cada mil passageiros.

Alguns especialistas dizem que estes custos podem ser reduzidos significativamente e que as reclamações podem ser minimizadas, caso as companhias aéreas levem a comodidade do passageiro mais a sério. Embora acabar com todos os problemas relacionados à bagagem seja algo quase impossível, algumas companhias aéreas e aeroportos vêm obtendo sucesso na redução do número de bagagens perdidas.

Na riqueza e na pobreza

Crise econômica coloca em xeque os modelos europeus

Os países da União Européia vêem-se hoje sob o risco de sucumbir à crise econômica que assola o mundo. O "modelo social europeu", até há pouco tempo aclamado como o grande diferencial do continente em relação aos EUA, está agora sendo posto à prova.

Na teoria, a Europa conseguiu equilibrar a eficiência dos mercados e um compromisso com a igualdade e a justiça social. É algo que vem sendo muito repetido ao longo dos anos de crescimento econômico, mas que agora precisa ser avaliado à luz da economia a caminho da recessão.

Em 2005, um think-tank de Bruxelas realizou um estudo no qual os membros mais antigos da União Européia foram divididos em quatro grupos e avaliados segundo dois critérios: o vigor para a geração de emprego e a capacidade de manter as pessoas fora da pobreza.

Constatou-se, por exemplo, que os países do Mediterrâneo fracassaram em ambos, enquanto as chamadas nações continentais, como França e Alemanha, são boas em ajudar as pessoas a não caírem na pobreza -- tendo em vista seus generosos modelos de bem-estar social -- mas nem tanto em criar as condições para que possam trabalhar.

Mais recentes