2 de junho de 2006

Mídia será proibida de transmitir julgamento de Suzane

A quem interessa este tipo de benefício a não ser ao acusado, ao crimonoso e a quem não tem razão?

Eu moro no país do "não dá nada"
Ora, eu já sei que posso fazer parte de uma quadrilha qualquer e participar do maior esquema de corrupção deste país, que nada, absolutamente nada vai me acontecer. Posso comprar ambulâncias superfaturadas, sem licitação, e gozar de imunidade parlamentar e foro privilegiado em minha defesa. Eu posso matar minha namorada se eu quiser e alegar que tenho quase 70 anos. Assim, mesmo após ter sido condenado por unanimidade, poderei responder meu processo em liberdade. Eu tenho certeza de que CPI neste país acaba em pizza. Tenho certeza da impunidade.

O que diminui a criminalidade é a certeza da pena
Tenho defendido tanto isso: "a certeza da pena". A impunidade gera a impunidade. Parece clichê. Parece bordão. Mas, infelizmente parece assim porque banalizamos a ética e perdi em algum momento o meu poder de me indignar.


A única coisa certa sobre o caso Suzane é de que a superexposição (dela) pode lhe render mais uns dias na prisão. É por isso que essa mocinha não quer mostrar a cara. Ela própria já se expôs para capa revistas; concedeu entrevista exclusiva à TV, em cuja lamentação programada lhe rendeu uns dias dentro da cadeia. Isso é a única coisa que Suzane não quer: um julgamento exposto à mídia. Claro! Essa é a única coisa pela qual ela tem certeza.

Lamento, somente, que, a certeza da pena, bem... esta ela não tem.

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