12 de fevereiro de 2008

Operação Caranguejo continua em Balneário Camboriú

Desde a manhã desta quinta-feira (7/02), equipes da Sec. Municipal do Meio Ambiente já recolheram mais de 800 exemplares de caranguejos-uçá, que estão surgindo às centenas na faixa de areia da Praia Central, na Barra Sul, em Balneário Camboriú.

A primeira avaliação feita pelos técnicos do setor é de que os caranguejos estão sendo deslocados do manguezal, às margens do Rio Camboriú, pela força da correnteza tendo em vista a ocorrência do fenômeno conhecido como "andada". Trata-se do período de acasalamento da espécie, quando os caranguejos deixam as galerias e sobem à superfície para a procriação.
Diante da ampliação do fenômeno, a secretária do Meio Ambiente, Carin Dorow, está solicitando um parecer técnico ao Ibama. O órgão está sendo informado, ainda, dos procedimentos adotados para o salvamento dos exemplares. "Podemos afirmar que a grande maioria está sendo recolhida e devolvida ao mangue, que é o habitat natural da espécie", explica a Secretária.

As equipes recolheram na manhã desta sexta-feira um grande número de caranguejos na Barra Sul e o trabalho seguirá durante todo o dia, inclusive com plantão no fim de semana, caso o fenômeno persista.
Dados técnicos
De acordo com a oceanógrafa da Secretaria do Meio Ambiente, Patrícia Zimmermann, que pesquisou material informativo divulgado pelo CEPSUL/IBio, o caranguejo-uçá (Ucides cordatus), promove a "andanda" nos meses de maior fotoperíodo (mais horas de luz), temperatura e precipitação.
Patrícia salienta que os caranguejos-uçá ficam desconfortáveis na faixa de areia pois não estão adaptados ao ambiente marinho, como os siris, mas sim ao manguezal. "Diferente dos siris, que possuem o último par de patas (pereiópodos) adaptados à natação, os últimos quatro pares de patas dos caranguejos possuem unhas e não conseguem enfrentar o movimento das ondas do mar", acrescenta a oceanógrafa.
Este caranguejo é considerado um dos componentes mais importantes da fauna dos manguezais, distribuindo-se no Brasil do Amapá até Santa Catarina. A espécie alimenta-se, principalmente, das folhas velhas e amareladas que caem das árvores do manguezal, possibilitando o retorno das folhas digeridas como nutrientes ao ecossistema.
Vânia de Campos
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura de Balneário Camboriú
47 3261.4523, 9963.0501

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