Te amo sem saber como, nem quando, nem onde.
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo que não sou nem és,
tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se dependiam,
perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
caído, abandonado, decaído,
tudo era inalienavelmente alheio,
tudo era dos outros e de ninguém,
até que tua beleza e tua pobreza de dádivas
encheram o outono.
O segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
4 de julho de 2005
A Dança
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