14 de janeiro de 2008

Faça o que eu digo...


Logo que foi derrubado o "Imposto sobre Cheques" (a CPMF), Lula afobadamente garantiu que nenhum pacote seria criado para compensar a perda anual de 40 bilhões de Reais que o imposto significava aos cofres do governo. Desmentindo o presidente, já no primeiro dia útil de 2008, a equipe econômica de Lula anunciou uma série de medidas para compensar a perda da CPMF. Os financiamentos ficaram mais caros a partir de agora, e quem mais vai sentir o impacto das medidas será quem usa cheque especial e faz compras no exterior com cartão de crédito, pois vai pagar mais Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Nesta onda de "metamorfose ambulante", o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, veio ontem, em rede nacional de rádio e televisão afirmar que que não há nada de grave na situação em relação à febre amarela e que a “situação está sobre controle e não existe risco de epidemia”. Ele informou, ainda, que há vacinas para toda a população, que “a demanda está muito grande, mas se faltar vacina em algum posto de saúde, o Ministério está remanejando as vacinas e rapidamente o estoque será reposto”.

Já, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil não corre o risco de sofrer um apagão elétrico e alertou que "a questão energética vive de boatos". Afirmou ainda que "todo dia tem boatos de que vai acontecer isso, vai acontecer aquilo. O dado concreto é que o Brasil está seguro de que não haverá apagão e de que não faltará energia para dar sustentabilidade ao crescimento que nós queremos ter".

Ora, o Brasil passou pelo chamado "apagão" em 2001, quando houve forte estiagem e baixou muito o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas, reduzindo a capacidade de geração dessas usinas. Houve interrupção de fornecimento de energia em algumas áreas e tiveram que ser contratadas usinas termelétricas de forma emergencial, o que aumentou o custo da eletricidade para o consumidor. Além disso, foi feito um plano de racionamento e uma campanha para a redução do uso de energia, em que os consumidores residenciais tinham que reduzir seu gasto em 20%. Foi criado ainda um encargo para pagar pelos prejuízos das companhias elétricas, chamado de Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), que ainda está sendo pago por parte dos consumidores.

Na mesma época, ainda no governo imprevidente de FHC, o então Ministro da Saúde José Serra afirmava que a Dengue estava controlada e que não haveria epidemia no país. Isso, em meio a uma epidemia no Rio de Janeiro que matou mais de 20 pessoas!

Os governos passam, mas a receita da vaidade é a mesma. O que é dito pelo Lula ou pelos seus cúmplices não se pode escrever. Aliás, nem se pode mesmo acreditar nas previsões lulistas.

Então, já que não tenho como fugir do aumento da IOF, estou, sim, providenciando a renovação da minha vacina contra a febre-amarela e pedindo a Deus para que chova muito, mas muito mesmo por aí.

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